Revolta: Quarto levante tenentista não obtém êxito
O movimento tenentista já resultou em quatro revoltas entre 1922 e 1925
A mais recente revolta tenentista e a mais longa, a Coluna Prestes, foi
nomeada em homenagem a Luís Carlos Prestes, um capitão nascido em Porto Alegre,
seu líder juntamente com Miguel Costa, um argentino naturalizado brasileiro. A Coluna originou-se das tentativas frustradas das outras revoltas,
e, como o sentimento de indignação perante as oligarquias persistia, atraiu
muitos dos derrotados das revoltas anteriores, assim como radicais de
diferentes ideologias, principalmente o comunismo.
A marcha começou em 1925 e percorreu 25 mil quilômetros Brasil
adentro com o intuito de deflagrar uma revolução generalizada que derrubaria as
oligarquias. No entanto, por maiores que fossem seus esforços, os participantes
falharam em atrair números suficientes de revoltosos e em estimular a revolta
em pequena escala pelo interior brasileiro e ontem, depois de quase 30 meses de
marcha a Coluna se desfez na fronteira com a Bolívia, sem êxito. Essa revolta
faz parte de um grupo de revoltas contra a democracia oligárquica praticada
atualmente no Brasil denominado Tenentismo.
https://tnentismo.files.wordpress.com/2013/12/10-f7de8fd2ff2.jpg?w=650
O tenentismo foi um movimento que
ganhou força entre militares de média e baixa patente durante os últimos anos.
No momento em que surgiu o levante dos militares, a inconformidade das classes
médias urbanas contra os desmandos e o conservadorismo presentes na cultura
política do país se expressava. Ao mesmo tempo, o tenentismo era mais uma clara
evidência do processo de diluição da superioridade dos grupos políticos
vinculados ao meio rural brasileiro. Propunham reformas na estrutura de poder do país,
entre as quais se destacam o fim do voto de cabresto, instituição do voto secreto e a reforma na educação pública.
Os movimentos tenentistas foram: a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana em 1922,
a Revolução de 1924 e a Comuna de Manaus de 1924, além
da já citada Coluna Prestes.
Mapa mostra o avanço da Coluna Prestes no Brasil
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A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, também conhecida como
Revolta do Forte de Copacabana foi iniciada em 5 de julho de 1922 e encerrada no dia
seguinte, na cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil. Foi a primeira revolta
do movimento tenentista. O levante, que
foi planejado com grandes proporções, teve como motivação buscar a queda da
República cujas características oligárquicas atreladas ao latifúndio e ao
poderio dos fazendeiros se opunham ao ideal democrático vislumbrado por setores
das forças armadas, em especial de baixa patente como tenentes, sargentos,
cabos e soldados.
A princípio, aproximadamente 300 militares de baixa patente faziam parte do movimento. Eles reivindicavam o fim das muitas fraudes eleitorais que aconteciam no Brasil, enquanto o povo também estava insatisfeito com o conservadorismo político presente na chamada República Oligárquica. Foi nesse momento que uma série de cartas
falsas, supostamente escritas por Artur Bernardes, dirigia várias críticas à
ação política dos oficiais do exército. Tal ofensa gerou insatisfação total dos militares, que organizaram várias revoltas, sendo a mais importante a do Forte de Copacabana.
Sob a liderança de Euclides Hermes da Fonseca
(filho do marechal) e Siqueira Campos, os militares se abrigaram no forte de Copacabana e ameaçaram tomar o Palácio do Catete e instaurar um governador provisório, mas foram duramente reprimidos pelas forças governamentais, o que diminuiu o número de amotinados. Restaram apenas 17 protestantes, que deixaram o forte em direção ao palácio. Conseguiram o apoio de um civil chamado Otávio Pessoa e, juntos, os "18 do Forte" foram ao encontro das tropas do governo. Dezesseis deles foram mortos e Eduardo Gomes e Siqueira Campos acabaram presos.
Os 18 do forte caminham pela praia de Copacabana para enfrentar as tropas do governo.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4f/Os_18_do_Forte.jpg
Depois do incidente dos “18 do Forte”, que tentou derrubar o
governo de Artur Bernardes, os integrantes do movimento tenentista pareciam
ganhar maior força política. Dessa forma, os oficiais de baixa patente que
faziam parte do movimento tentaram articular novos golpes contra o regime
oligárquico vigente. Para tanto, buscavam empreender uma série de revoltas militares
simultâneas que pudessem forçar a queda do presidente.
A Revolta Paulista de 1924, também chamada
de “Revolução Esquecida”, “Revolução do Isidoro”, “Revolução de 1924” e de “Segundo 5 de julho”, foi a segunda revolta
tenentista, e foi o maior conflito bélico já ocorrido na cidade de São
Paulo.
Comandada
pelo general reformado Isidoro Dias
Lopes,
contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do
Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na
revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do
Brasil e João Cabanas. Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924 (2º aniversário da Revolta dos 18
do Forte de Copacabana), a revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do
estado, Carlos de Campos, a fugir para o
interior de São Paulo, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos
Campos Elísios, sede do governo paulista. No interior do estado de São Paulo
aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras. Não resistindo à superioridade
bélica das forças fiéis ao governo federal, os tenentes paulistas decidiriam
deslocar o movimento para outra localidade. No dia 27 de julho de 1924, os
militares paulistas romperam o cerco dos exércitos situacionistas, alcançando a
região norte do Paraná, na fronteira entre o Paraguai e a Argentina.
Artur Bernardes, o "vilão" da Revolta dos 18 do Forte e da revolução de 1924
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0b/Artur_Bernardes_foto.jpg/220px-Artur_Bernardes_foto.jpg
A terceira das revoltas foi deflagrada em Manaus em 23 de julho de
1924 pelos militares da Guarnição Permanente de Manaus. O motivo da revolta
foi, como nas outras, um ressentimento contra a oligarquia dominante, mas por
uma razão primariamente econômica: os preços da borracha, produto do qual
dependia a economia amazonense, só faziam cair em razão da Primeira Guerra Mundial, e o governo
federal, agindo através do presidente do estado, César do Rego Monteiro, só
concedia empréstimos a juros altos, e autorizava Rego Monteiro a aumentar os
impostos a título de compensação (e enriquecer no processo).
A revolta logo se espalha para as cidades do interior no intuito de
tomar todas as estações de telégrafo e telefone, e se apoderarem dos
transportes fluviais. Os revoltosos tem êxito e conseguem isolar Manaus,
declarando instituída a Comuna de Manaus e apontando o tenente Alfredo Ribeiro
Júnior como governador e comandante. As tropas
federais, contudo, após vencerem os revoltosos em São Paulo marcham para o
norte, e cercam Manaus, forçando as guarnições a se renderem. Os revoltosos são
condenados a penas leves de prisão, por medo de uma nova revolta em relação à
solidariedade da população com o governo rebelde.
Fontes:Wikipedia, Infoescola, Brasil escola, Historianet, Suapesquisa.
Aluno:Lucas Lima Sato - 9º ano A - nº 18
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A entrevista que gostaríamos de fazer....
Veja agora uma entrevista com o grande personagem da última revolta tenentista, Luís Carlos Prestes:
Luís Carlos Prestes foi o líder da principal revolta tenentista
ocorrida, a Coluna Prestes. Nessa entrevista o Senhor Prestes nos revela os
principais pontos que definem o movimento e outras curiosidades.
ENTREVISTADOR:- Sr. Prestes, de onde surgiu a ideia de
organizar a Coluna Prestes?
PRESTES:- A Coluna Prestes foi organizada a partir das
revoltas anteriores que foram fracassadas, conseguimos reunir muitos
participantes dessas revoltas e, com isso nos tornamos mais fortes.
ENTREVISTADOR:- Quais são os principais ideais da Coluna
Prestes e das outras revoltas tenentistas?
PRESTES:- As revoltas tenentistas em geral tem todas o mesmo
objetivo e os mesmos ideais, todas procuram conseguir maior prestígio e
reconhecimento para com os oficiais brasileiros e lutamos contra a república oligárquica.
ENTREVISTADOR:- Em que províncias do país o movimento teve
maior repercussão?
PRESTES:- As províncias onde houve maior repercussão da
Coluna Prestes foram São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais
ENTREVISTADOR:- Qual é o sentimento que a quarta derrota do
movimento tenentista traz?
PRESTES:- Mesmo com as derrotas, o movimento manterá viva a
insatisfação popular para com o governo atual, e incentivará as pessoas a
lutarem pelos seus direitos e conseguir vitórias importantes para o futuro do
nosso país.
Aluno: Pedro Henrique Carnaúba Molina - 9º ano A - nº 21
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Enquanto isso, no mundo...
Morre Severo Fernández Alonso Caballero(1849-1925), presidente da Bolívia de 1896 a 1899.
Lançamento do filme The Temptress, de Fred Niblo e Mauritz Stiller, com Greta Garbo e Lionel Barrymore em 1926.
Lançamento do filme The Scarlet Letter, de Victor Sjöström, com Lillian Gish em 1926.
Lançamento do filme The Gold Rush, dirigido por Charles Chaplin e estrelado por ele mesmo como o "Vagabundo" em 1925.
21 de Outubro de 1926 - Entra em cartaz, Concerto para flauta, de Carl Nielsen.
4 de Novembro de 1926 – Entra em cartaz, concerto para cravo, de Manuel de Falla.
Morre Friedrich Ebert(1871-1925), político alemão e
presidente da Alemanha de 1919 a 1925.
Aluno: Fabrício Abrantes - 9º ano A - nº 10
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Vejam agora uma charge desenhada pelo aluno Augusto do Amaral:
Desenho por: Augusto do Amaral Morgado - 9º ano A - nº 5
Veja, agora, o "Túnel do Tempo", onde refletimos sobre a influência dos movimentos no Brasil atual.
O tenentismo foi um movimento muito importante do século XX,
mas também para o século XXI. O movimento tenentista não conseguiu produzir
resultados imediatos na estrutura politica do país, já que nenhuma das suas
tentativas obteve sucesso, mas conseguiu manter viva a revolta contra o poder das
oligarquias, com os seus protestos agressivos contra o governo pedindo mais
prestígio e consideração por parte do governo e do resto do país.
O tenentismo influenciou em algumas coisas no século XXI
como os salários mais altos ganhos pelos militares na atualidade e o maior
prestigio que eles possuem na sociedade atual.
Os tenentistas defendiam o voto secreto e universal. Hoje em
dia o tipo de voto adotado pelo Brasil é muito semelhante ao tipo de voto que
queriam os tenentistas, ou seja é o voto universal (de todos) e secreto. Na época
do tenentismo o voto era censitário e aberto, ou seja apenas os mais
privilegiados dentro da sociedade podiam votar nas eleições.
Aluno: Pedro Henrique Carnaúba Molina - 9º ano A - nº 21
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Para aqueles que tiverem curiosidade, confira aqui uma entrevista por Jô Soares a Luís Carlos Prestes, onde ele conta sobre sua vida política após o acontecimento as dificuldades vividas por ele e por seus companheiros para a organização do movimento que terminou, assim como os anteriores, em fracasso.
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Edição Geral: Lucas Lima Sato - 9º ano A - nº 18
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