domingo, 12 de abril de 2015

Tenentismo

Revolta: Quarto levante tenentista não obtém êxito

O movimento tenentista já resultou em quatro revoltas entre 1922 e 1925

A mais recente revolta tenentista e a mais longa, a Coluna Prestes, foi nomeada em homenagem a Luís Carlos Prestes, um capitão nascido em Porto Alegre, seu líder juntamente com Miguel Costa, um argentino naturalizado brasileiro. A Coluna originou-se das tentativas frustradas das outras revoltas, e, como o sentimento de indignação perante as oligarquias persistia, atraiu muitos dos derrotados das revoltas anteriores, assim como radicais de diferentes ideologias, principalmente o comunismo.
A marcha começou em 1925 e percorreu 25 mil quilômetros Brasil adentro com o intuito de deflagrar uma revolução generalizada que derrubaria as oligarquias. No entanto, por maiores que fossem seus esforços, os participantes falharam em atrair números suficientes de revoltosos e em estimular a revolta em pequena escala pelo interior brasileiro e ontem, depois de quase 30 meses de marcha a Coluna se desfez na fronteira com a Bolívia, sem êxito. Essa revolta faz parte de um grupo de revoltas contra a democracia oligárquica praticada atualmente no Brasil denominado Tenentismo.

https://tnentismo.files.wordpress.com/2013/12/10-f7de8fd2ff2.jpg?w=650

O tenentismo foi um movimento que ganhou força entre militares de média e baixa patente durante os últimos anos. No momento em que surgiu o levante dos militares, a inconformidade das classes médias urbanas contra os desmandos e o conservadorismo presentes na cultura política do país se expressava. Ao mesmo tempo, o tenentismo era mais uma clara evidência do processo de diluição da superioridade dos grupos políticos vinculados ao meio rural brasileiro. Propunham reformas na estrutura de poder do país, entre as quais se destacam o fim do voto de cabresto, instituição do voto secreto e a reforma na educação pública.


Os movimentos tenentistas foram: a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana em 1922, a Revolução de 1924 e a Comuna de Manaus de 1924, além da já citada Coluna Prestes.

Mapa mostra o avanço da Coluna Prestes no Brasil
http://sesi.webensino.com.br/sistema/webensino/aulas/repository_data//SESIeduca/ENS_FUN/ENS_FUN_F07_HIS/450_HIS_ENS_FUN_F07_06/imagens/FIG_011.png


A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, também conhecida como Revolta do Forte de Copacabana foi iniciada em 5 de julho de 1922 e encerrada no dia seguinte, na cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil. Foi a primeira revolta do movimento tenentista. O levante, que foi planejado com grandes proporções, teve como motivação buscar a queda da República cujas características oligárquicas atreladas ao latifúndio e ao poderio dos fazendeiros se opunham ao ideal democrático vislumbrado por setores das forças armadas, em especial de baixa patente como tenentes, sargentos, cabos e soldados.

A princípio, aproximadamente 300 militares de baixa patente faziam parte do movimento. Eles reivindicavam o fim das muitas fraudes eleitorais que aconteciam no Brasil, enquanto o povo também estava insatisfeito com o conservadorismo político presente na chamada República Oligárquica. Foi nesse momento que uma série de cartas falsas, supostamente escritas por Artur Bernardes, dirigia várias críticas à ação política dos oficiais do exército. Tal ofensa gerou insatisfação total dos militares, que organizaram várias revoltas, sendo a mais importante a do Forte de Copacabana.
Sob a liderança de Euclides Hermes da Fonseca (filho do marechal) e Siqueira Campos, os militares se abrigaram no forte de Copacabana e ameaçaram tomar o Palácio do Catete e instaurar um governador provisório, mas foram duramente reprimidos pelas forças governamentais, o que diminuiu o número de amotinados. Restaram apenas 17 protestantes, que deixaram o forte em direção ao palácio. Conseguiram o apoio de um civil chamado Otávio Pessoa e, juntos, os "18 do Forte" foram ao encontro das tropas do governo. Dezesseis deles foram mortos e Eduardo Gomes e Siqueira Campos acabaram presos.

Os 18 do forte caminham pela praia de Copacabana para enfrentar as tropas do governo.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4f/Os_18_do_Forte.jpg

Depois do incidente dos “18 do Forte”, que tentou derrubar o governo de Artur Bernardes, os integrantes do movimento tenentista pareciam ganhar maior força política. Dessa forma, os oficiais de baixa patente que faziam parte do movimento tentaram articular novos golpes contra o regime oligárquico vigente. Para tanto, buscavam empreender uma série de revoltas militares simultâneas que pudessem forçar a queda do presidente.
A Revolta Paulista de 1924, também chamada de “Revolução Esquecida”, “Revolução do Isidoro”, “Revolução de 1924” e de “Segundo 5 de julho”, foi a segunda revolta tenentista, e foi o maior conflito bélico já ocorrido na cidade de São Paulo.

Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924 (2º aniversário da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana), a revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o interior de São Paulo, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos Campos Elísios, sede do governo paulista. No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras.Não resistindo à superioridade bélica das forças fiéis ao governo federal, os tenentes paulistas decidiriam deslocar o movimento para outra localidade. No dia 27 de julho de 1924, os militares paulistas romperam o cerco dos exércitos situacionistas, alcançando a região norte do Paraná, na fronteira entre o Paraguai e a Argentina.


Artur Bernardes, o "vilão" da Revolta dos 18 do Forte e da revolução de 1924
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0b/Artur_Bernardes_foto.jpg/220px-Artur_Bernardes_foto.jpg

A terceira das revoltas foi deflagrada em Manaus em 23 de julho de 1924 pelos militares da Guarnição Permanente de Manaus. O motivo da revolta foi, como nas outras, um ressentimento contra a oligarquia dominante, mas por uma razão primariamente econômica: os preços da borracha, produto do qual dependia a economia amazonense, só faziam cair em razão da Primeira Guerra Mundial, e o governo federal, agindo através do presidente do estado, César do Rego Monteiro, só concedia empréstimos a juros altos, e autorizava Rego Monteiro a aumentar os impostos a título de compensação (e enriquecer no processo).
A revolta logo se espalha para as cidades do interior no intuito de tomar todas as estações de telégrafo e telefone, e se apoderarem dos transportes fluviais. Os revoltosos tem êxito e conseguem isolar Manaus, declarando instituída a Comuna de Manaus e apontando o tenente Alfredo Ribeiro Júnior como governador e comandante. As tropas federais, contudo, após vencerem os revoltosos em São Paulo marcham para o norte, e cercam Manaus, forçando as guarnições a se renderem. Os revoltosos são condenados a penas leves de prisão, por medo de uma nova revolta em relação à solidariedade da população com o governo rebelde.
Fontes:Wikipedia, Infoescola, Brasil escola, Historianet, Suapesquisa.
Aluno:Lucas Lima Sato - 9º ano A - nº 18
-------------------------------------------------------------------------------------------------------  

A entrevista que gostaríamos de fazer....

Veja agora uma entrevista com o grande personagem da última revolta tenentista, Luís Carlos Prestes:

Luís Carlos Prestes foi o líder da principal revolta tenentista ocorrida, a Coluna Prestes. Nessa entrevista o Senhor Prestes nos revela os principais pontos que definem o movimento e outras curiosidades. 


ENTREVISTADOR:- Sr. Prestes, de onde surgiu a ideia de organizar a Coluna Prestes?
PRESTES:- A Coluna Prestes foi organizada a partir das revoltas anteriores que foram fracassadas, conseguimos reunir muitos participantes dessas revoltas e, com isso nos tornamos mais fortes.
ENTREVISTADOR:- Quais são os principais ideais da Coluna Prestes e das outras revoltas tenentistas?
PRESTES:- As revoltas tenentistas em geral tem todas o mesmo objetivo e os mesmos ideais, todas procuram conseguir maior prestígio e reconhecimento para com os oficiais brasileiros e lutamos contra a república oligárquica.
ENTREVISTADOR:- Em que províncias do país o movimento teve maior repercussão?
PRESTES:- As províncias onde houve maior repercussão da Coluna Prestes foram São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais
ENTREVISTADOR:- Qual é o sentimento que a quarta derrota do movimento tenentista traz?
PRESTES:- Mesmo com as derrotas, o movimento manterá viva a insatisfação popular para com o governo atual, e incentivará as pessoas a lutarem pelos seus direitos e conseguir vitórias importantes para o futuro do nosso país.
Aluno: Pedro Henrique Carnaúba Molina - 9º ano A - nº 21
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 Enquanto isso, no mundo...

Aqui está uma relação de fatos que aconteceram durante os anos da revolta tenentista.    
Morre Severo Fernández Alonso Caballero(1849-1925)presidente da Bolívia de 1896 a 1899.
Lançamento do filme The Temptress, de Fred Niblo e Mauritz Stiller, com Greta Garbo e Lionel Barrymore em 1926.
Lançamento do filme The Scarlet Letter, de Victor Sjöström, com Lillian Gish em 1926.
Lançamento do filme The Gold Rush, dirigido por Charles Chaplin e estrelado por ele mesmo como o "Vagabundo" em 1925.
21 de Outubro de 1926 -  Entra em cartaz, Concerto para flauta, de Carl Nielsen.
4 de Novembro de 1926 – Entra em cartaz, concerto para cravo, de Manuel de Falla.
Morre Friedrich Ebert(1871-1925),  político alemão e presidente da Alemanha de 1919 a 1925.
Aluno: Fabrício Abrantes - 9º ano A - nº 10

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------



Vejam agora uma charge desenhada pelo aluno Augusto do Amaral:

Desenho por: Augusto do Amaral Morgado - 9º ano A - nº 5

Veja, agora, o "Túnel do Tempo", onde refletimos sobre a influência dos movimentos no Brasil atual. 

O tenentismo foi um movimento muito importante do século XX, mas também para o século XXI. O movimento tenentista não conseguiu produzir resultados imediatos na estrutura politica do país, já que nenhuma das suas tentativas obteve sucesso, mas conseguiu manter viva a revolta contra o poder das oligarquias, com os seus protestos agressivos contra o governo pedindo mais prestígio e consideração por parte do governo e do resto do país.

O tenentismo influenciou em algumas coisas no século XXI como os salários mais altos ganhos pelos militares na atualidade e o maior prestigio que eles possuem na sociedade atual.

Os tenentistas defendiam o voto secreto e universal. Hoje em dia o tipo de voto adotado pelo Brasil é muito semelhante ao tipo de voto que queriam os tenentistas, ou seja é o voto universal (de todos) e secreto. Na época do tenentismo o voto era censitário e aberto, ou seja apenas os mais privilegiados dentro da sociedade podiam votar nas eleições. 
Aluno: Pedro Henrique Carnaúba Molina - 9º ano A - nº 21
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Para aqueles que tiverem curiosidade, confira aqui uma entrevista por Jô Soares a Luís Carlos Prestes, onde ele conta sobre sua vida política após o acontecimento as dificuldades vividas por ele e por seus companheiros para a organização do movimento que terminou, assim como os anteriores, em fracasso.

Obrigado por visitar o nosso Blog.


Edição Geral: Lucas Lima Sato - 9º ano A - nº 18






















Nenhum comentário:

Postar um comentário