Chibatas
Marinheiros se revoltam em pleno século XX
(marinha do Brasil, 1910).
A revolta da chibata se tornou um grande
movimento social, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Tudo se começa no dia
22 de novembro de 1910.
Basicamente, os marinheiros brasileiros
foram punidos com castigos físicos e esta situação está gerando uma intensa
revolta entre eles.
O marinheiro Marcelino Rodrigues foi
condenado a 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha dentro do
encouraçado Minas Gerais. Este navio estava indo para o Rio de Janeiro e a
punição, que ocorreu na presença dos outros tripulantes, desencadeou a revolta.
Em cerca de uma semana atrás, o motim se
agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três
oficiais. Já na Baia de Guanabara, eles conseguiram o apoio de marinheiros do
encouraçado de São Paulo. O clima desde então, está cada vez mais tenso e
perigoso, diz fontes de pesquisa.
(encouraçado Minas
Gerais, 1910).
Com o agravamento da situação, possa-se
dizer que o movimento está em sua segunda revolta.
O presidente Hermes da Fonseca resolveu
aceitar o ultimato dos revoltosos porém, após os marinheiros terem entregue às
armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de algum deles.
A insatisfação retornou e, no começo do mês
de dezembro, os marinheiros recomeçaram a revolta na Ilha das Cobras.
Ela está sendo fortemente reprimida pelo
governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da
Fortaleza da Ilha. Neste local, onde as condições de vida são desumanas, alguns
prisioneiros faleceram e outros foram enviados para a Amazônia, onde deveriam
prestar serviços forçados na produção de borracha.
(marinha do Brasil, 1910).
O líder da revolta, João Cândido, foi
expulso da Marinha e internado como louco no hospital de Alienados.
A Revolta da Chibata é mais uma manifestação
de insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendam implantar um
sistema político-econômico moderno no Brasil, os republicanos usam geralmente
com força de armas para colocar fim às revoltar, greves e outras manifestações
populares.
Marcella Sorvillo, n: 19 - 9 ano A
Entrevista : gostaríamos de conversar com o líder João Cândido....
Fizemos uma
entrevista com o organizador da revolta, João Cândido, também conhecido como
Almirante Negro, que além de ter esse papel importante da revolta, foi marcado
por vários outros como ter lutado a serviço do governo na Revolução Federalista
ou ter alistado no Arsenal de Guerra do Exército.
(João Candido, oficial da
marinha, 1910)
Jornal saiba mais:
Como foi organizar esse movimento tão importante na história do Brasil?
João Cândido:
É um cargo muito difícil de lidar, quando pensamos em liderar algo, também
passamos por necessidades. Sinceramente enfrentar o governo é uma coisa muito
complicada, além de terem prendido a tripulação em condições horríveis, a
situação da marinha ainda vem sendo difícil.
Jornal saiba mais: Que
argumentos usou para tentar amenizar a revolta?
João Cândido: Redigi
uma carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e
anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as
revindicações, os revoltosos ameaçariam bombardear a capital do Brasil, Rio de
Janeiro.
Jornal saiba mais:
Além do seu desempenho nesse acontecimento, o que você tem a dizer sobre os
demais que participou?
João Cândido: Eu
comecei a participar em acontecimentos na política muito cedo, em 1893, quando
eu tinha 13 anos, lutei a serviço do governo na Revolução Federalista do Rio
Grande do Sul. Aos 14 alistei no Arsenal de Guerra do Exército e com 15 entrei
para a Escola de Aprendizes Marinheiros de Porto Alegre. Cinco anos depois fui
promovido a marinheiro de primeira classe e com 21 anos, em 1903, fui promovido
a cabo-de-esquadra, mas depois fui rebaixado a marinheiro de primeira classe
por ter introduzido no navio um jogo de baralho. Por fim, servi a Marinha do
Brasil por 15 anos, viajando por este e outros países.
Marcella Sorvillo, n: 19 – 9 ano A
Enquanto
isso no mundo
Revolução Mexicana:
A revolução Mexicana
foi um grande movimento armado que começou em 1910 com uma rebelião liderada
por Francisco I. Madero contra o antigo autocrata general Porfirio Diaz.
Porfirio Diaz governou
o México por mais de trinta anos. Mantinha-se uma aparência de democracia, pois
eram realizadas eleições periodicamente, mas ele sempre as manipulava. Em 1910
ele novamente foi eleito, mas seu opositor, Francisco Madero conseguiu rebelar
a população e assistiu, com a promessa de realizar a tão esperada reforma
agrária.
Maria Eliza, n: 20 - 9 ano A
Charge sobre a revolta da Chibata:
(lei auria, 1888 / castigos das Chibatas, 1910)
Giulia Pereira, n: 13 - 9 ano B
Variedades de 1910
No período de Belle Époque do século XX, período que antecedeu à grande guerra, surgiu um estilista Francês Paul Poiret ( 1879-1944) que revolucionou um pouco a moda da altura, estabelecendo um corte com o que anteriormente se considerava apropriado para esta época.
Outra grande marca da moda desta época prende-se com a subida das bainhas das saias e vestidos da altura, que agora iam até a altura das canelas, também por motivos funcionais, pois tornava-se mais fácil a movimentação destas mulheres para puderem deste modo realizarem as acções que lhes estavam destinadas.
Ostons predominantes nas roupas da época continuavam a ser escuros, com especial preferência pelo preto, no entanto verificou-se uma mudança acentuada no que se refere às formas das peças de vestuário em si.
Hayla Otsuka, n 15 - 9 ano A
Túnel do tempo
Se compararmos o preconceito com pessoas de cor mais escura de 1910 até atualmente podemos perceber que ocorreu um grande desenvolvimento ,porém ainda possui acontecimentos como,por exemplo donos de algum estabelecimento não querer empregar alguém por ter cor escura!
Atualmente possui muitas leis que afirmam que todo indivíduo dependendo da sua cor possui os mesmos direitos
Hayla Otsuka, n 15 - 9 ano A
Você
pode também ouvir a uma música sobre as chibatas:
O Mestre-Sala dos
Mares - Elis Regina:
Veja a letra da música
também:
Há muito tempo nas
águas da Guanabara
O dragão do mar
reapareceu
Na figura de um bravo
feiticeiro
A quem a história não
esqueceu
Conhecido como o
navegante negro
Tinha a dignidade de
um mestre-sala
E ao acenar pelo mar
na alegria das regatas
Foi saudado no porto
pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por
batalhões de mulatas
Rubras cascatas
Jorravam das costas
dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do
pessoal do porão
Que, a exemplo do
feiticeiro, gritava então
Glória aos piratas
Às mulatas, às sereias
Glória à farofa
à cachaça, às baleias
Glória a todas as
lutas inglórias
Que através da nossa
história não esquecemos jamais
Salve o navegante
negro
Que tem por monumento
as pedras pisadas do cais
Mas salve
Salve o navegante
negro
Que tem por monumento
as pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
Compositor: Aldir
Blanc / João Bosco
Que Merda, Não Tem Referencias Bibliográficas do Texto.
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