domingo, 12 de abril de 2015

A Guerra do Contestado


A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre Outubro de 1912 e agosto de 1916.


O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Esse ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Paraná e Santa Catarina. Em meados de 1909, a recém criada República brasileira descobre o capitalismo selvagem ao ceder a uma companhia norte-americana, a concessão da construção da estrada de ferro São Paulo - Rio Grande, que passa por um território disputado por políticos, religiosos, sertanejos e coronéis. A construção da estrada de ferro, feita pela empresa A Lumber, em acordo com o governo brasileiro, já estava terminando a construção da estrada, e teria 15 km de terras de cada lado da ferrovia construída. Assim, eles explorariam a área, retirando as madeiras e como foi feito mais tarde criaram loteamentos que foram vendidos para italianos e alemães oriundos no RS.
Para a construção da estrada de ferro, milhares de famílias de camponeses perderam suas terras. Este fato gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram na sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade, justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram.
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficias conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes
Gustavo Rado, Pedro Henrique e Thiago de Moraes - 9o B.

Nenhum comentário:

Postar um comentário